Na última edição da revista Kerrang! há uma lista com os 21 maiores ícones do rock no século 21. Gerard ficou em terceiro lugar, perdendo para Billie Joe Armstrong do Green Day e Hayley Willians do Paramore (???). Veja a scan e a tradução da matéria sobre o Gerard:
Gerard Way
My Chemical Romance
Não havia muito acontecendo com o rock em 2004. Garage tinha acabado, e se não tinha, The Von Bondie’s Pawn Shoppe Heart estava matando eles. A prova do fim do nu-metal – se é preciso prova – veio na forma do Colision Course, uma colaboração de Linkin Park e Jay-Z. Nos outros lugares, os shock-rockers GWAR convenceram uma gravadora a lançar seu álbum, dá uma idéia de como as coisas estavam. A qualidade era rara. Havia Absolution do Muse, Leviathan do Mastodon, e se você pudesse esperar até setembro havia o grandioso American Idiot do Green Day. Mas não foi um ano cheio de lançamentos brilhantes.
A música estava desesperada por uma estrela, estava ansiosa para uma banda aparecer, mudar, e tomar conta das rádios. E então o My Chemical Romance lançou Three Cheers For Sweet Revenge.
Gerard Way, era um vocalista não só com conteúdo, mas com estilo, atuação, e aquele inesplicável je ne sais quo (não sei o que) totos os grandes cantores possuem. Ele tinha problemas e era atormentado – ele largou das drogas e bebida naquele ano, depois de admitir que bebia uma garrafa de vodka por dia e gastava centenas de dolares por mês em remédios – ele tinha algo a dizer, e ele tinha, algo importante, carisma.
A história de determinação do Gerard para que o My Chemical Romance tivesse sucesso, é bem conhecida. Mas determinação é uma qualidade que centenas ou milhares de cantores possuem. É necessário algo mais para dominar uma arena, para dominar uma platéia com um apresentador de circo, para escrever letras que tem significado para milhões, ou para ganhar tamanha lealdade dos fãs, que faz com que eles vão ao escritório do um jornal (Daily Mail) indignados após um artigo publicado. Gerard conseguiu todas essas coisas, mas havia uma época em que ele não sabia se servia para ser uma estrela do rock. Havia a dependêcia de álcool e drogas, e crises de depressão e confiança. Foi uma dessas crises que o fez recorrer à Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, para conselhos. “Ele estava incerto na época e eu disse a ele para não ter medo” lembra Billie Joe. “Eu disse que não tem problema ser um rock star. O mundo precisa de bons rock stars. Temos pessoas bastante pessoas tediosas.”
Foi um conselho que Gerard levou a sério e o levou a gravar algo com a extensão e profundidade do The Black Parade, de 2006, um álbum conceitual sobre morte, desespero, redenção, tudo isso em 51 minutos. Foi ambicioso, com certeza, e quase acabou com os cinco integrantes do MCR durante a gravação.
“Eu tive uma crise,” Gerard disse à K!. “Eu examinei todas as coisas terríveis a meu respeito, eu estava me abrindo, e pegando cada parte e examinando. Eu percebi, “Nossa, não sou uma pessoa ‘gostável’”. Eu percebi que era um covarde. Eu fiquei bem perto da depressão.”
E mesmo assim, o disco confirmou a posição da banda como a mais importante banda de rock da década. E, cara, a década realmente precisava de uma. Falando de modo simples, não há mais ninguem que surgiu no rock nos últimos 10 anos que conseguiu tanto êxito. Existem aqueles, claro, que não ficaram encantados com Gerard, mas há legiões de pessoas que o idolatram – e não é isso que um ícone realmente precisa?
Ponto alto: Escolha entre os quatro prêmios no Kerrang! Awards (incluindo o de Best Band On The Planet em 2006) o MTV Awards, a indicação ao Grammy com o The Black Parade, ou a enorme quantidade de headlines em festivais ao redor do mundo.
Melhor Momento: I’m Not Okay (I Promise) (Three Cheers For Sweet Revenge, 2004)
Gerard Speaks!
“Obrigada! Primeiramente, eu compartilho isso com a minha banda, pois eles sempre me inspiraram a ser o melhor possível. é uma grande honra ser escolhido como um ícone, especialmente pois eu sempre pensei em mim como um grande dançarino que podia cantar…
Eu definitivamente acho que compartilho essa honra com nosso público, pois eu sempre foi tão bom quanto eles, e através da dedicação e apoio deles, eu cresci como pessoa cada vez que estou no palco.”
Depoimentos:
“Gerard Way é ima inspiração. Sua música não é apenas fantástica, mas o modo como ele usa a música para se conectar com os fãs da banda realmente salva vidas e muda as pessoas. Eu fui salva por ele e pelo MCR várias vezes e essa é a melhor coisa que uma banda pode fazer. Isso é um sucesso”
Crystal L, 15, Hong Kong.
“Eu sofri de depressão por uns seis anos e passei por vários tratamenteos, mas a honestidade nas músicas do Gerard foram a melhor terapia. Gerard é uma inspiração – ele teve problemas com depressão, alcoolismo e drogas e sobreviveu. O MCR começou pois Gerard queria fazer um diferença e ele conseguiu.”
Amy, 15, Berkshire